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Fichamento 1: Funções e Papéis da Tecnologia na Gestão Escolar

FICHAMENTO:
VIEIRA, A. Funções e Papéis da Tecnologia. São Paulo, PUC-SP, 2004.

1)    Resumo:

O autor traz, a partir da análise de conteúdo, a diferença conceitual entre dado, informação e conhecimento. É apresentado no curso do texto para a obtenção conhecimento aplicado em organizações escolares é importante observar o estudo e a análise das suas rotinas.
Faz referência também a cultura organizacional da instituição escolar, uma vez que, organizações internamente são competitivas e os funcionários trabalham de forma isolada apresentam dificuldades de trabalharem em um ambiente de troca de informações e experiências. Quando a cultura da colaboração está presente na escola, a implementação de um sistema de organização e disseminação da informação torna-se mais fácil.

2)    Citações principais do texto:

“Conhecimento não é dado nem informação, embora ambos estejam relacionados. A confusão entre dado, informação e conhecimento gera enormes gastos de tempo e dinheiro em projetos que nem sempre são adequados para uma certa instituição. O sucesso ou o fracasso organizacional depende, muitas vezes, em saber de quais deles precisamos, com quais contamos e o que podemos fazer com cada um. Por isso, embora possa parecer que essas diferenças sejam claras vamos analisar as distinções entre elas.” (p.1)

 “Os dados são conjuntos de fatos distintos e objetivos, relativos a eventos.” (p.1)

“Já a informação, na forma de documento ou de uma comunicação audível ou visível, é uma mensagem. Como acontece com qualquer mensagem, normalmente ela tem um emitente e um receptor. O objetivo de uma informação é o de influir na maneira de quem a recebe, de interpretar alguma coisa em decorrência do impacto que ela lhe ocasiona. No entanto, para ser considerada informação a mensagem precisa ser aceita pelo receptor, pois se ele a julgar desprovida de sentido, ela não será considerada. Para que dados transformem-se em informações, é preciso que se acrescente significado.” (p.2)

“O conhecimento tem caráter humano e é mais amplo, mais profundo e bem mais rico do que os dados e as informações.” (p.3)

“(...) para produzir conhecimento é necessário que haja mente(s) que trabalhe(m).” (p.3)

“(...) conhecimentos derivam de informações, da mesma maneira que informações, derivam de dados. A capacidade de transformar informação em conhecimento não pode ser realizada por uma máquina, sem a interferência da mente humana, isto é, tal capacidade é exclusivamente humana.” (p.4)

“Contudo, existe uma outra possibilidade para a obtenção de conhecimento aplicado nas organizações escolares, que é o estudo e a análise de suas rotinas. Quando, por exemplo, adotamos algum novo procedimento ou realizamos alguma mudança na estrutura ou no perfil das pessoas que atuam em uma dada função, estamos transferindo conhecimento aplicado (experiência) ao modo de funcionamento de nossas organizações escolares. Dessa forma, é possível aprendermos algo relevante com base em rotinas organizacionais incorporadas às escolas.” (p.5)

“Organizações internamente muito competitivas ou que apresentem um elevado grau de isolamento entre os funcionários, terão mais dificuldade de criar um ambiente de troca. A prática de trabalho dos professores, geralmente isolada nas salas de aula, dificulta sobremaneira a criação de uma cultura de colaboração. Por isso, há necessidade do gestor planejar a existência de momentos de troca de experiências entre professores e funcionários. A implementação de um sistema de organização e disseminação de informações na escola torna-se bem mais fácil quando a cooperação já faz parte da cultura escolar.” (p.6)

“(...) a produção de uma informação, a partir de dados, envolve uma clara intenção daquele que produz a informação. Quando um sistema é implementado em culturas organizacionais previamente estabelecidas, a forma pela qual as informações são organizadas e produzidas interage com a cultura já existente, criando situações que resultam em sintonia e reforço ou em dissonância e oposição. Tudo isso aponta para a necessidade de clareza e coesão da equipe sobre os objetivos pretendidos pela organização.” (p.8)

3)    Comentários:

De acordo com o autor, o conhecimento é inerente do ser humano, pois é formado através das observações e experiências vividas, um trabalho que utiliza-se do raciocínio e crítica. O conhecimento é uma derivação da informação e do dado. Podemos utilizar a tecnologia para analisar dados, transmitir informações, mas o conhecimento é algo que necessita da mente humana.
O conhecimento aplicado nas instituições escolares pode ser desenvolvido com o estudo e a análise do seu dia a dia. Uma escola onde os funcionários apresentam um espírito de colaboração, de ajuda mútua, é um ambiente ideal para a disseminação do conhecimento. Portanto, uma escola que tem uma equipe gestora que “empolgue”, que planeja momentos de troca de experiências entre docentes e demais funcionários auxilia em muito na implementação de um sistema de organização e difusão das informações.
Mas para que isso ocorra, a escola necessita de um projeto político pedagógico que vislumbre tal situação, que promova situações onde essa colaboração possa acontecer plenamente. Observar que informações são relevantes para a melhoria do processo de gestão escolar, pois a partir disso, o gestor juntamente com toda a comunidade escolar traçará caminhos para o desenvolvimento da escola na sua plenitude.

4)    Questionamentos:

Sabemos que o gestor é o sujeito responsável em promover situações onde professores, pais, alunos e funcionários troquem suas experiências, para que isso possa disseminar as informações de uma forma mais fácil e clara. Mas por outro lado, temos nas nossas escolas do DF muitos destes segmentos alheios a esse espírito de colaboração, de envolvimento e pertencimento a comunidade escolar. Como que na atual situação de faltar de participação por parte de alguns segmentos da escola, o gestor possa motivá-los, possa mostrar que são peças essenciais no desenvolvimento de uma escola mais democrática, mais pluralista, mais social?


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